glossário
Você encontra, nesta área, um resumo das principais expressões utilizadas no universo da música. Um glossário preparado exclusivamente para você tirar as suas dúvidas. O material está separado por ordem alfabética. Para ter acesso ao nosso glossário e fazer sua consulta, clique na letra de seu interesse.
A
A A. Representação da nota lá na Grã-Bretanha e Alemanha.
ABERTURA. Peça que serve de introdução a uma ópera ou a outro tipo de composição ou espetáculo musical.
A CAPELLA (It.) Composição para vozes sós, sem acompanhamento instrumental.
ACCELERENDO (It.) Apressar o movimento, cada vez mais rápido.
ACENTO. Pequena acentuação da intensidade de uma nota ou de um acorde em relação às demais. Tem normalmente um sentido expressivo.
ACORDE. Emissão simultânea de três ou mais sons. Sobre os acordes incidem as leis da consonância e da dissonância que regem os mecanismos da Harmonia.
ADAGIO (It.) Uma das indicações mais antigas de andamento. Muito lento.
AD LIBITUM (Lat.) Livremente, à vontade, sem rigidez no tempo.
ALEATÓRIA, MÚSICA. Música escrita no pressuposto da intervenção fortuita do intérprete. Escreve-se geralmente com uma grafia própria, diferente da tradicional. Estilo que se desenvolveu depois da Segunda Guerra Mundial.
ALEMANDA. Allemande, em francês. Dança de origem alemã, em compasso de dois ou de quatro tempos. É geralmente a primeira peça da suite clássica.
ALLA MARCIA (It.) Em estilo de marcha.
ALLEGRETTO (It.) Diminutivo de allegro. Moderadamente vivo.
ALLEGRO (It.) Indicação de andamento: rápido. Originariamente indicava também caráter: alegre, festivo.
ALTERAÇÃO. Modificação de altura de uma nota. Sinal que indica a mudança.
ANACRUSE. Palavra derivada do grego com que se denomina a nota ou notas fracas que preparam o primeiro acento ou tempo forte de um ritmo.
ANDAMENTO. Grau de velocidade que se imprime à execução de uma obra. Indica-se com palavras como adágio, lento, allegro, etc. Este termo designa também cada uma das partes completas de uma sonata, sinfonia, concerto etc.
ANDANTE (It.) Indicação de andamento: tranqüilo, sem precipitação, como a passo. Diminutivo de andante.
ANDANTINO (It.) Indicação de movimento.
ANTÍFONA. Canto em que intervêm dois coros alternadamente.
APOJATURA. Ornamento melódico que apoia uma parte forte da melodia.
ARABESCO. Fragmento curto muito ornamentado. Em coreografia, uma das posições da dança acadêmica.
ARIA (It.) Composição estruturada para uma só voz (ou instrumento), com acompanhamento instrumental. Figura geralmente nas óperas e oratórios.
ARMAÇÃO. Sustenidos ou bemóis colocados no princípio do pentagrama, imediatamente a seguir à clave. Indicam a tonalidade em que o fragmento está escrito.
ARPEJO. Execução sucessiva das notas de um acorde.
ASSAI (It.) Termo italiano que pode acompanhar uma indicação de andamento e significa "muito".
ATONALIDADE. Suspensão da tonalidade, ausência da referência de uma nota fixa (tônica). Ver Dodecafonismo.
AUMENTADO, INTERVALO. Intervalo meio-tom mais alto do que o maior ou exato, ou seja, que o intervalo tipo.
AUMENTO. Ampliação do valor de um fragmento tomado como antecedente. É um dos artifícios do contraponto.
B
B B. Representação da nota si na Grã-Betanha e do si bemol na Alemanha.
BAGATELA (It.) Curta peça de música leve, sem pretensões, freqüentemente para piano.
BAILADO. Espetáculo coreográfico criado na corte francesa durante o século XVI. Converteu-se posteriormente num gênero eminentemente teatral.
BAIXO. A voz masculina mais grave e o membro mais grave de uma família de instrumentos.
BAIXO CIFRADO. Escrita abreviada dos acordes por meio de cifras, a partir do baixo. Faz parte do ensino acadêmico da Harmonia e esteve particularmente em voga durante o século XVII e XVIII.
BALADA. Composição baseada num tema popular de caráter dramático. Pode revestir a forma de canção narrativa ou de peça puramente instrumental.
BANDA. Agrupamento de instrumentos de sopro (madeira e metal) e de percussão. Devido à sua intensidade sonora, torna-se especialmente indicado para as execuções ao ar livre.
BARCAROLA. Composição curta, típica dos gondoleiros venezianos, de caráter sentimental e de andamento moderado, com característico ritmo balanceado.
BARÍTONO. Registro médio da voz masculina, situado entre o tenor e o baixo. Aplica-se igualmente a denominação ao correspondente registro instrumental.
BARRA. Linha divisória que separa os compassos entre si, quando simples (barra de compasso), ou assinala o termo de um trecho musical, quando dupla (barra dupla).
BEL CANTO (It.) À letra, canto belo. Estilo de canto utilizado sobretudo nas óperas italianas dos séculos XVII e XVIII. Significa atualmente virtuosismo vocal.
BEMOL. Alteração que baixa de meio-tom a nota em frente da qual se encontre.
BEMOL DUPLO. Sinal que indica a descida de dois semitons da nota que o segue.
BEQUADRO. Sinal que anula qualquer alteração (sustenido, bemol) anterior.
BERCEUSE (Fr.) Canção de berço, com ritmo de embalar; acalento.
BINÁRIO, FORMA. Forma medieval simples, em duas partes.
BLUES (Ing.) Música popular dos negros americanos que se desenvolveu nos Estados Unidos durante os séculos XIX e XX.
BOLERO. Dança espanhola. É normalmente acompanhada ao violão.
BOURRÉE. (Fr.) Antiga dança francesa em compasso de dois tempos e andamento animado.
C
C. Representação da nota dó na Grã-Betanha e Alemanha.
CADÊNCIA. Combinação de acordes que dividem as frases da música entre si e produzem o efeito da pontuação na escrita. Passo de brilhante virtuosismo solista que se introduz durante a interpretação de uma obra, geralmente no fim, para mostrar a habilidade técnica do executante.
CÂMARA, MÚSICA DE. Música destinada a uma pequena sala de concertos, geralmente composta para um reduzido grupo de instrumentos solistas.
CANÇÃO. Pequena composição vocal, com texto em versos.
CÂNONE. Composição para várias vozes (ou instrumentos), na qual as diferentes vozes (ou instrumentos) interpretam a mesma melodia, começando, no entanto, cada uma depois da outra, segundo intervalos determinados.
CANTABILE (It.) A letra, cantável; em sentido figurado, com expressão. Indicação do caráter melódico de determinado fragmento.
CANTATA (It.) Composição para uma ou mais vozes com acompanhamento instrumental. Compõem-se de várias partes (recitativos, árias, coros) e pode ser dramática, religiosa etc.
CANTILENA. Obra vocal de estrutura muito simples e caráter lírico.
CANTO. Emissão de sons musicais por meio da voz.
CANTUS FIRMUS (Lat.). Melodia fixa, de valores regulares, sobre a qual se desenvolvem várias linhas melódicas.
CAROL (Ing.) Vilancico inglês a várias vozes.
CAVATINA (It.) Pequena composição num único tempo que nas óperas italianas servia para apresentar a personagem que a cantava.
CHACOINA. Variações sobre um desenho melódico na parte grave, que se repete incessantemente, embora sempre com roupagem diferente. Deriva de uma antiga dança de tempo moderado. Parece derivar da antiga chacota peninsular. É sinônimo de passacalha.
CHEFE DE NAIPE. Músico líder do naipe responsável por sua integração com a orquestra e pela execução de solos e primeiras partes.
CLAVE. Sinal que se coloca no princípio da pauta musical e dá o nome a situação de registro às notas, de acordo com o lugar que ocupa nas linhas do pentagrama. Existem três claves: a de sol (tessitura aguda), a de dó (tessitura média) e a de fá (tessitura grave).
CLUSTER (Ing.). À letra, racimo ou ramo. Este termo emprega-se na música contemporânea para designar grupos de notas que se preenchem cromaticamente um determinado âmbito e são executados simultaneamente.
CODA (It.). À letra, cauda. Parte acrescentada no fim de uma composição para confirmar a sua conclusão.
COLCHEIA. Figura de nota cuja duração eqüivale a oitava da semibreve.
COMPASSO. Medida que se toma como unidade para dividir uma obra musical em fragmentos de igual duração. Na partitura, cada uma destas partes separa-se da seguinte com uma barra vertical chamada barra de compasso.
CON BRIO (It.). Com energia.
CONCERTANTE, SINFONIA. Composição para um ou vários instrumentos solistas inspirada no concerto grosso.
CONCERTINO (It.). Violinista encarregado de executar os solos e fragmentos mais importantes escritos para o violino numa orquestra. O violino concertino é, além disso, o alter ego do maestro.
CONCERTO GROSSO. CONCERTO. Composição em que um instrumento solista, tratado com virtuosismo, se opõe ao conjunto da orquestra.
CONCERTO GROSSO (It.) Concerto antigo, geralmente em quatro ou cinco andamentos, baseado na oposição entre a orquestra e um grupo escolhido de solistas que se denomina concertino.
CONCRETA, MÚSICA. Música construída a partir de sons ou ruídos produzidos por objetos concretos ou escolhidos ao acaso e que, ao evoluir, são modificados e ordenados por aparelhos elétricos, razão por que só existe sob forma de gravação.
CONSONÂNCIA. Combinação de dois ou mais sons emitidos simultaneamente, produzindo uma sensação de equilíbrio ou repouso.
CONTRALTO. O registro mais grave da voz feminina ou infantil. Por extensão, o registro correspondente em algumas famílias de instrumentos.
CONTRAPONTO. Técnica da composição musical que consiste em sobrepor linhas melódicas diferentes. Na sua origem foi vocal e, portanto, intimamente ligada à natureza da voz.
CONTRA-SUJEITO. Contramotivo, linha acompanhante do tema ou sujeito de uma fuga.
CORAL. Como adjetivo, relativo ao coro. Em sentido histórico, hino protestante criado por Lutero para ser cantado pelo povo. Transcrição para órgão deste hino.
CORO. Conjunto de cantores. Composição destinada a este conjunto.
CORRENTE. Courante, em francês. Danças aristocráticas, em compasso de três tempos. Foi uma das peças principais da suíte clássica.
CRESCENDO (It.). Aumentando gradualmente a intensidade do som.
CROMÁTICA, ESCALA. Escala em que, entre os sete graus da escala diatônica, se intercalam os cinco meios-tons obtidos pelo emprego de alterações acidentais. Estes semitons chamam-se cromáticos.
CZARDA. Dança popular húngara. Consta de uma parte lenta e outra rápida.
D
D. Representação da nota ré na Grã-Bretanha e na Alemanha.
DA CAPO (It.). Expressão que indica que determinado trecho se deve repetir desde o princípio.
DEDILHAÇÃO. Utilização dos dedos ao tocar um instrumento. Indicação colocada sobre uma nota para indicar que dedo deverá ser usado.
DESCRITIVA, MÚSICA. Música que procura imitar os sons da natureza com meios estritamente musicais.
DIAPASÃO. Aparelho que se utiliza para afinar os instrumentos e a entoação da voz. Emite um som cuja freqüência, aceita internacionalmente, é de 440 vibrações por segundo.
DIATÔNICA, ESCALA. Composta por sete notas (considera-se que a oitava é a mesma que a primeira). Ver Maior, Escala, e Menor, Escala.
DIATÔNICO. Sistema tonal que utiliza unicamente as sete notas da escala. Sistema de escala composto por dois tetracórdios.
DIMINUENDO (It.). Enfraquecendo gradualmente a intensidade do som.
DIMINUIÇÃO. Redução do valor das figuras de um trecho tomado como antecedente. É um processo de contraponto.
DINÂMICA. Graduação de intensidade do som. Tem grande importância como matiz expressivo no caráter de uma frase musical.
DISSONÂNCIA. Combinação de sons simultâneos não consonantes, ou seja, cujo efeito provoca uma sensação de choque e instabilidade, que reclama resolução para um intervalo ou acorde de repouso.
DIVERTIMENTO (It.) Composição instrumental de caráter ligeiro e fácil, semelhante à suite. Na fuga, é sinônimo de episódio.
DÓ. Nome que nos países latinos se dá à primeira nota da escala de dó maior (antigamente, ut), correspondente nos países anglo-saxões a C.
DODECAFONISMO. Sistema de composição baseado na totalidade da escala cromática. No que respeita à melodia, à harmonia e ao contraponto., recusa as bases admitidas pelo sistema tonal tradicional e as substitui por novas convenções.
DOMINANTE. Quinto grau da escala diatônica. É a nota mais importante depois da tônica.
DRAMA LÍRICO. Ópera de grande envergadura, em que a massa orquestral adquire igual ou maior importância do que as vozes.
DUO. Conjunto de dois instrumentos ou de duas vozes, sendo no último caso mais própria a designação de dueto. Composição escrita para este conjunto.
E
E. Representação da nota mi na Grã-Bretanha e na Alemanha.
ECO. Reflexão do som por um corpo sólido. Chama-se também eco ao efeito semelhante, obtido por imitação entre instrumentos ou vozes num trecho musical.
ELETRÔNICA, MÚSICA. Música realizada com sons produzidos e tratados por processos eletroacústicos, diferentemente da música concreta, que, teoricamente, consiste no tratamento e gravação de sons já existentes.
ENARMONIA. Relação entre duas notas separadas por um intervalo de, aproximadamente, uma nona parte de tom e que, um instrumento de teclado temperado, se confundem. Por exemplo, no piano, uma mesma tecla emite o dó sustenido (dó elevado meio-tom) e o ré bemol (ré baixado meio-tom), enarmônicos um em relação ao outro.
ENTOAR. Produzir um som musical determinado, cantar afinadamente.
EPISÓDIO. Tema secundário que liga duas idéias musicais e serve de transição. Por vezes, como na forma sonata, designa-se por ponte. Chama-se também divertimento, especialmente na fuga.
ESCALA. Sucessão dos sons de um modo ou de uma tonalidade. Ver Maior, Escala.
ESCOCESA. Antiga dança de origem escocesa, de que se encontram vestígios em França durante o século XVIII.
ESTRIBILHO. Desenho melódico que se repete regularmente em certas obras populares, refrão. Aparece na forma rondó da sonata clássica.
ESTUDO. Composição destinada a desenvolver ou mostrar a técnica de um instrumento.
EXPOSIÇÃO. Na forma sonata, parte do andamento durante a qual são apresentados os temas principais. Na fuga, apresentação do sujeito por todas as vozes, sucessivamente.
F
F. Representação da nota fá na Grã-Bretanha e na Alemanha.
FÁ. Nome da quarta nota ou subdominante na escala de dó maior.
FALSETE. Voz formada a partir da laringe, quando se canta fora do registro normal. Também se chama voz de cabeça, para se distinguir da voz de peito ou normal. É mais aguda que a voz de peito.
FANDANGO. Dança ou canto espanhol de movimento e caráter alegres, escrito em compasso de três tempos. Em Portugal, toma uma feição própria, apenas dançada. No Sul do Brasil assume a feição de baile popular, sobretudo rural, ao som da viola ou da sanfona, onde se executam várias danças de roda e sapateados, alternadas com estrofes cantadas, durante as quais a dança é interrompida.
FANFARRA. Agrupamento de sopro composto apenas por instrumentos de metal. Composição escrita para este tipo de agrupamento.
FLAMENCO. Tipo de canção e dança espanholas. A expressão designa também a música de acompanhamento com a viola ("guitarra" em castelhano).
FOLIA. Antiga dança de origem ibérica, muito freqüente nos festejos populares em Portugal, e depois glosada pelos violinistas do século XVIII.
FORMA. Concepção ou plano de uma composição musical.
FRASE MUSICAL. Uma das partes principais constitutivas do período musical; distingue-se das restantes por uma pontuação cadencial e subdividi-se por sua vez, em membros, motivos e células. Corresponde à oração na sintaxe gramatical.
FRÓTOLA (It.) Canção polifônica italiana dos séculos XV e XVI, anterior ao madrigal.
FUGA. Composição contrapontística baseada no princípio da imitação, em que os temas parecem fugir, ou, mais exatamente, perseguir-se. A sua estrutura básica é a seguinte: exposição, ou entrada em vozes sucessivas do tema ou sujeito; resposta, baseada na conjunção do tema e do contra-sujeito, elemento que o acompanha em cada um dos seus aparecimentos (o desenvolvimento é aligeirado por episódios construídos a partir de elementos do tema) e finalmente, estreto (stretto) ou conclusão, em que reaparecem os principais elementos da exposição, de forma cada vez mais cerrada.
FUSA. Figura equivalente a metade da semicolcheia ou a 1/32 da semibreve. É uma das figuras de valor mais curto.
G
G. Representação da nota sol na Grã-Bretanha e na Alemanha.
GALHARDA. Antiga dança francesa de ritmo ternário e movimento vivo.
GAVOTA. Dança francesa de movimento moderado em compasso de dois tempos.
GEBRAUCHSMUSIK (Al.). À letra, música para ser utilizada. Música escrita por certos compositores de princípio do século XX, baseada na linguagem popular, com o fim de poder ser compreendida por um máximo de pessoas.
GIGA. Antiga dança inglesa de movimento vivo e caráter popular. É uma das peças principais da suíte clássica.
GIOCOSO (It.). Brincalhão, alegre.
GLISSANDO (It.). À letra, resvalando. Nos instrumentos de arco, é o efeito resultante do deslizar do dedo sobre a corda. Nos de teclado ou na harpa, o percorrer veloz, num só traço, das teclas ou das cordas. Na voz, chama-se portamento.
GRAVE. Registro mais baixo da voz ou de um instrumento. Andamento lento e solene.
GRAZIOZO (It.). À letra, com graça.
GREGORIANO, CANTO. Forma de canto litúrgico próprio da igreja católica romana, cujas melodias monódicas foram mandadas recolher e ordenar pelo papa Gregório I do século VI.
H
H. Representação do si natural na Alemanha.
HABANERA. Canção e dança de compasso binário, típica da ilha de Cuba.
HARMONIA. Ciência da formação e encadeamento dos acordes que obedecem às leis da tonalidade. Têm nela papel fundamental o sentido da consonância (acordes perfeitos) e o da dissonância (acordes que exigem uma resolução e criam um dinamismo).
HARMÔNICOS. Conjunto de sons suplementares originados pela ressonância de um som fundamental. Chama-se também harmônico um efeito particular do som, que se consegue nos instrumentos de corda.
HEXACÓRDIO. Série ascendente ou descendente de seis notas em que se baseava o sistema musical utilizado até o século XVII.
HINO. Cântico, ode ou poema de invocação, que se canta na igreja. Canto patriótico.
HOMÓFONO. Adjetivo que designa a música executada em uníssono ou à oitava, por oposição à música polifônica. Também se aplica à música em que domina a melodia.
HORNPIPE (Ing.). Antiga dança popular inglesa.
I
IMITAÇÃO. Artifício polifônico, em que uma voz reproduz uma frase ou motivo exposto previamente por outra.
IMPROMPTU. Improviso. Do latim in promptu: prontamente, sem preparação. Pequena peça com certo caráter de improvisação, por isso chamada improviso.
IN NOMINE (Lat.). À letra, em nome de. Composição em contraponto, inglesa, dos séculos XVI e XVII.
INSTRUMENTAÇÃO. Estudos das técnicas e das propriedades expressivas dos instrumentos, preliminar à orquestração.
INTERMEZZO (It.). Pequena peça instrumental, de recorte livre, destinada originalmente a preencher tempo entre dois atos de uma obra.
INTERVALO. Distância entre dois sons em função da sua altura.
INTRODUÇÃO. Trecho musical curto e geralmente lento, que antecede, em freqüência, o primeiro andamento de sonata, ou formas paralelas, quarteto, sinfonia, etc.
INVENÇÃO. Nome dado durante os séculos XVII e XVIII a pequenas peças contrapontísticas a duas e três vozes, cujo interesse consistia em desenvolver uma curta célula inicial, nitidamente caracterizada no seu ritmo e contorno melódico.
K
KAPELLMEISTER (Al.). À letra, mestre de capela. Nome dado na Áustria e Alemanha ao diretor musical de uma igreja ou da capela de um príncipe.
KÖCHEL, NUMERAÇÃO DE. Numeração das obras de Mozart segundo o catálogo elaborado no século XIX por Ludwig van Köchel. Estas obras designam-se com a letra K seguida de um número e, em alemão, com as letras KV seguidas do mesmo número. KV significa "Köchel Verzeichnis" (Catálogo de Köchel).
L
LÁ. Sexta nota ou subdominante da escala de dó maior.
LÁNDLER (Al.). Antiga dança popular do Sul da Alemanha. De compasso temário, é considerada uma antecessora da valsa.
LARGHETTO (It.). Diminutivo de largo. Tempo menos lento que este.
LARGO (It.). À letra, amplo. Indicação de andamento: muito lento e sustentação.
LEGATO (It.). À letra, ligado. Termo que indica a execução unida dos sons. Contrário de staccato, separado.
LEITMOTIV (Al.). À letra, motivo condutor. Fórmula melódica ou harmônica destinada a caracterizar, no drama lírico, uma personagem ou uma situação.
LENTO (It.). Indicação de andamento, que se situa entre o largo e o adagio. Muito devagar.
LIBRETO. Texto de uma ópera. Parte literária que o compositor põe em música.
LIED (Pl. lieder) (Al.). Canção, canto. Termo que se associa à canção alemã do século XIX e se tornou extensivo à canção de câmara.
LIGADURA. Linha curva que une duas ou mais notas do mesmo grau, indicando que devem ser executadas como uma só nota contínua. Quando abrange uma frase ou membro de frase, significa que todo esse passo deve ser tocado como uma unidade expressiva.
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M
MADRIGAL. Composição polifônica (de duas a seis vozes) com ou sem acompanhamento. Tem caráter severo e majestoso. Cultivou-se na Europa entre os séculos XIV e XVII.
MAESTOSO (It.). Indicação de tempo e caráter: majestoso.
MAIOR, ESCALA. Modelo dado pela sucessão das notas dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó (estas notas coincidem com as teclas brancas do piano). A partir deste modelo, conservando a mesma ordem de intervalos que caracterizam o modo maior, pode reproduzir-se - com as conseqüentes alterações - a partir de qualquer nota.
MARCHA. Música militar destinada a regular o passo. Qualquer outra música deste estilo. As marchas são em geral a quatro tempos, com acento muito marcado no primeiro e terceiro tempos.
MASCARADA. Entretenimento dramático próprio dos séculos XVI e XVII, que incluía partes cantadas com acompanhamento instrumental.
MASQUE. Na Inglaterra, mascarada.
MATIZ. Tudo o que se refere à expressão da música. Esta emprega muitos mais meios expressivos do que a linguagem oral. Os principais são: o legato, ou ligadura de expressão, o staccato, ou destacado simples (muito articulado), e o sforzato, ou acento súbito.
MAZURCA. Dança polaca em compasso de três tempos e movimento moderado.
MEDIANTE. Terceiro grau da escala diatônica.
MEIO-TOM. Intervalo igual a metade de um tom diatônico ou à duodécima parte da oitava.
MEISTERSINGER (Al.). Mestres cantores. Artesãos e comerciantes alemães que, entre os séculos XIII e XVI, se dedicaram à composição poética e musical, fundando sociedades de amadores em que se estabeleciam regras muito rigorosas.
MELISMA. Reunião de várias notas cantadas com uma única sílaba, em oposição ao canto silábico (uma nota por sílaba), como o recitativo.
MELODIA. Emissão de sons sucessivos e de altura diferentes que, mediante a articulação do ritmo criam motivos, frases e períodos com sentido. Chama-se também melodia ao canto produzido por uma só voz (monodia).
MENOR, ESCALA. Modelo dado pela sucessão das notas dó, ré, mi, bemol, fá, sol, lá bemol si bemol, dó, e reproduzível a partir de qualquer nota.
METRÔNOMO. Aparelho composto por um pêndulo e uma escala graduada, que serve para medir a velocidade do tempo.
MEZZO FORTE (It.). Indicação de intensidade: meio forte.
MEZZO SOPRANO (It.). Voz feminina intermédia, situada entre as de soprano e contralto: meio-soprano.
MI. Terceira nota da escala de dó maior.
MICRO TOM. Intervalo inferior ao semitom.
MÍNIMA. Figura de nota musical cujo valor eqüivale a metade de uma semibreve.
MINNESINGER (Al.). Cantores da aristocracia alemã, que, reunidos em sociedades, gozaram de grande popularidade nos séculos XII e XIII. São os percursores dos Meistersinger.
MINUETO. Dança de origem francesa escrita em compasso de três tempos. Após um longa evolução em que da suíte passou à sonata e à sinfonia, onde mais tarde viria ser substituída pelo scherzo.
MISSA. Composição musical sobre a parte invariável da missa, chamada "ordinário da missa": Kyrie Glória, Credo, Sanctus com Benedictus e Agnus Dei. Pode ser simplesmente vocal, normalmente de estilo polifônico, ou vocal com acompanhamento de órgão, harmônico ou orquestra.
MODERATO (It.). Andamento pausado mas sem exagero. Semelhante ao "andante".
MODO. Forma de ordenar os intervalos no interior de uma escala. Ver Maior, Escala; Menor, Escala. Durante a Idade Média, empregaram-se outros modos que, no século XVI, chegaram a ser dos maior ou menor da escala diatônica.
MODULAÇÃO. Mudança de tom ao longo de um trecho.
MONODIA. Canto a uma só voz. Em sentido mais lato, composição formada por uma parte principal e outras que lhe servem de acompanhamento.
MONOTEMÁTICA, COMPOSIÇÃO. Obra em que se desenvolve um único tema.
MORDENTE. Adorno melódico que consiste em duas, três ou quatro notas rápidas que giram em torno de uma, que é a principal.
MORENDO (It.). Perdendo-se, extinguindo-se, declinando a sonoridade. Diminuição gradual do matiz e do andamento.
MOTETE. Composição religiosa, geralmente de curta duração, com texto latino dos Salmos.
MOTIVO. O menor elemento analisável de uma frase ou de um tema. Consta geralmente de três ou mais notas.
N
NATURAL, NOTA ou TOM. Sem sustenido nem bemol.
NEUMA. Sinal de notação empregado nos princípios da Idade Média. Indicava aproximadamente o movimento ascendente ou descendente da voz, uma inflexão ou uma particularidade da execução.
NONETO. Conjunto de nove vozes ou instrumentos. Obra escrita para este conjunto.
NON TROPPO (It.). Não demasiado.
NOTA. Figura representativa da altura do som e que se escreve dentro ou fora da pauta.
NOTAÇÃO. Sistema de sinais de representação escrita da música. Ao longo da História existiram diferentes sistemas de notação: notação gregoriana, medieval, notação em pauta de cinco linhas e, atualmente, notação com grafias especiais que correspondem a novos processos sonoros (música concreta e eletrônica).
NOTURNO. Peça romântica de caráter sonhador, num só andamento.
O
OCTETO. Conjunto instrumental ou vocal integrado por oito executantes. Obra escrita para este conjunto.
OITAVA. Intervalo existente entre duas notas do mesmo nome, a uma distância igual ao dobro ou a metade da freqüência da que for tomada por referência.
OP. Abreviatura da palavra latina opus (obra) que, seguida de um número de ordem, referencia cda uma das obras do catálogo de um compositor. O mesmo opus pode abranger várias composições, caso em que cada uma delas recebe um segundo número. Exemplo: Op. 1, nº 1.
OPERA (It.). À letra, obra. Esta denominação foi universalmente adotada para designar, de forma geral, qualquer obra cênica completamente musicada, em que intervenha o canto com palavras. Existem diferentes gêneros de ópera: grande ópera, ópera cômica, ópera bufa, drama lírico etc.
OPERETA. Ópera ligeira, com partes faladas.
ORATÓRIO. Composição musical religiosa baseada num texto bíblico. Na Idade Média era encenada (Mistério), mas posteriormente suprimiu-se a parte teatral e ficou reduzida à narração cantada do texto com acompanhamento instrumental. Tem um caráter severo e amplas dimensões.
ORFEÃO. Coro masculino.
ORGANUM (Lat.). Primeira forma de polifonia, em que as diferentes partes evoluem em intervalos paralelos de oitavas, quintas e quartas.
ORNAMENTAÇÃO. Floreado melódico. Nota ou grupo de notas de adorno. Embelezam e enriquecem a melodia, sem alterarem a sua própria essência.
ORQUESTRA DE CÂMARA. Orquestra de dimensões reduzidas, geralmente formada por instrumentos de cordas.
ORQUESTRA FILARMÔNICA x SINFÔNICA. Conjuntos musicais formados por instrumentos de diversos naipes, como sopros, percussão, teclados e cordas. A diferença entre os dois tipos de orquestra se dava na forma de manutenção: enquanto as sinfônicas eram orquestras mantidas pelo Estado, as filarmônicas eram patrocinadas por associações particulares. Hoje, não há mais esta distinção.
ORQUESTRAÇÃO. Arte de escrever para orquestra, com o conhecimento de todos os recursos que os diferentes instrumentos e a sua combinação oferecem.
OSTINATO (It.). À letra, obstinado. Forma melódica repetida com persistência.
P
PANCROMATISMO. Uso sistemático do total dos doze sons da escala cromática.
PARTITA (It.). Termo com que no século XVIII se designava, na Itália, a suíte instrumental.
PARTITURA. Folha ou conjunto de folhas onde uma composição está escrita, com todas as partes expressas em pautas sobre postas, devendo o conjunto soar simultaneamente.
PASSACALHA. Variações sobre um ostinato. Ver Chacoina.
PASSA-PÉ. Antiga dança bretã, que se converteu numa espécie de minueto.
PAIXÃO. Drama musical baseado na história de Cristo com solistas, coros e instrumentos, que foi concebido para se cantar nas igrejas durante a Semana Santa.
PASTORAL. Obra instrumental de inspiração campestre.
PAUSA. Silêncio. Sinal com que se indica o valor do silêncio e que corresponde ao das figuras sonoras.
PAUTA. Linhas horizontais e espaços sobre os quais se escreve a música.
PAVANA. Dança lenta, de origem antiga, que costuma anteceder outra rápida.
PEDAL. Nota fixa, prolongada durante uma longa sucessão de acordes ou de um trecho musical. Um dos seus usos verifica-se no final da fuga.
PENTAFONIA. Sistema musical que só emprega cinco sons da escala.
PENTAGRAMA. Pauta musical de cinco linhas.
PERÍODO. Ciclo melódico composto por várias frases musicais, formando sentido completo e terminando com uma cadência conclusiva.
PIANISSIMO (It.). Muito suavemente, com o mínimo de intensidade sonora.
PIANO (It.). Suave.
PIZZICATO (It.). Indicação técnica que indica quando, num instrumento de arco, as cordas devem ser dedilhadas, ou seja, vibradas sem arco.
POEMA SINFÔNICO. Composição na qual se descreve musicalmente e sem auxílio da palavra um argumento ou tema literário. É característico do romantismo.
POLACA. Dança nacional polaca de origem provavelmente aristocrática e de estilo brilhante e cheio de efeito.
POLCA. Dança de origem boêmia, de compasso binário.
POLIARMONIA. Contraponto de acordes considerado na sua resultante vertical.
POLIFONIA. Pluralidade de vozes. Nome que se dá à música contrapontística em geral, na qual se sobrepõem ao mesmo tempo várias melodias.
POLIRRITMIA. Utilização simultânea de vários ritmos diferentes.
POLITONALIDADE. Uso simultâneo de duas ou mais tonalidades.
PONTO. Na notação musical: colocado em cima de uma nota, indica que esta deve ser destacada; colocado a seguir, aumenta de metade a duração da respectiva figura.
PORTAMENTO (It.). Passagem gradual de uma nota para outra, especialmente no canto.
POSLÚDIO. Trecho final. Oposto de prelúdio.
PRELÚDIO. Composição introdutória de outra mais importante, embora com o romantismo haja adquirido um caráter autônomo.
PRESTISSIMO (It.). Muito rápido.
PRESTO (It.). Indicação de andamento: muito rápido.
Q
QUARTA. Intervalo entre a primeira e a quarta de um grupo de quatro notas consecutivas. Exemplo: dó - fá (dó, ré, mi, fá).
QUARTETO. Grupo formado por quatro vozes ou instrumentos. Composição escrita para este grupo.
QUARTO DE TOM. Intervalo equivalente a metade de meio-tom. Só é possível em instrumentos de afinação livre, como o violino (ou a voz). É pouco freqüente na música ocidental e muito característico da oriental.
QUATUOR (Fr.). Quarteto.
QUINTA. Intervalo entre as notas extremas de um grupo de cinco consecutivas. Exemplo: dó - sol (dó, ré, mi, fá, sol).
QUINTETO. Grupo de cinco executantes. Composição escrita para este grupo.
QUODLIBET (Lat.). À letra, o que quiserem. Composição de caráter humorístico, que incorporava canções populares.
R
RAGA (Hin.). Um das numerosas seleções de notas que se baseia a música indiana.
RALLENTANDO (It.). Diminuindo gradualmente o andamento; cada vez mais devagar.
RAPSÓDIA. Peça musical de forma livre, composta pela seleção de melodias populares, danças, canções etc.
RÉ. Segunda nota da escala de dó maior.
RECITATIVO. Em ópera, declamação que se situa entre a voz falada e o canto.
REGISTRO. Seção em que teoricamente se divide a extensão sonora total dos instrumentos ou da voz humana. Normalmente a divisão classifica-se em grave, média e aguda.
REPENTIZAÇÃO. Primeira leitura instrumental.
REQUIEM (Lat.). Composição musical cantada com o texto da missa de defuntos ou parte dela.
RETARDO. Nota estranha à constituição de um acorde que provém de um acorde anterior e se prolonga sobre aquele.
RICERCARE (It.). À letra, procurar. Antiga composição contrapontística antecessora da fuga.
RITARDANDO (It.). Atrasando. Sinônimo de rallentando.
RITMO. Princípio de ordem e simetria em que se apresenta a sucessão de sons fortes e fracos. Em sentido lato, é a resultante, no tempo, da divisão simétrica de um todo em várias partes.
ROMANÇA. Pequeno poema musical, sobre assunto livre, para uma voz com acompanhamento.
RONDÓ. Forma musical baseada na repetição de um tema principal ou estribilho que alterna com outros secundários. Costuma ser instrumental, de estilo livre e andamento vivo.
RUBATO (It.). À letra, roubado. Forma peculiar de interpretação que consiste em introduzir leves alterações de tempo no valor exato das notas.
RUÍDO. Som não musical, que fisicamente se caracteriza por uma vibração não periódica. No século XX, começou a utilizar-se em determinado tipo de composições musicais.
S
SAETA. Cantiga que se canta na Andaluzia à passagem das procissões da Semana Santa.
SARABANDA. Dança de origem espanhola, em compasso de três tempos e movimento pausado e nobre. É uma das partes essenciais da suíte.
SARDANA. Dança popular catalã que se dança em círculo.
SCHERZO (It.). À letra, diversão ou jogo. Composição de andamento vivo e de esquema ternário, sendo a parte central em trio. Substitui o antigo minueto e tem caráter alegre e gracioso.
SEGUNDA. Intervalo formado por duas notas consecutivas.
SEMIBREVE. Figura de nota musical que representa a unidade de tempo na notação tradicional. Eqüivale a duas mínimas, quatro semínima ou oito colcheias. A sua duração é igual a um compasso de quatro tempos.
SEMICOLCHEIA. Figura equivalente à metade de um colcheia ou a 1/16 de uma semibreve.
SEMIFUSA. Figura equivalente a metade de uma fusa ou 1/64 de uma semibreve. É, na prática, a figura de menor valor que existe.
SEMÍNIMA. Figura de nota cujo valor eqüivale à quarta parte da semibreve.
SEMITOM. Meio-tom.
SENSÍVEL. Sétimo grau da escala diatônica.
SEPTETO. Conjunto de sete vozes ou instrumentos. Composição escrita para este conjunto.
SERENATA. Composição vocal ou instrumental, ou de ambos os elementos, dedicada a obsequiar qualquer pessoa.
SERIAL, MÚSICA. Método de composição que consiste em estabelecer um plano ou série que rege todos os aspectos da música (altura, ritmo etc.).
SÉTIMA. Intervalo entre as notas extremas de um grupo de sete consecutivas. Exemplo: ré - dó (ré, mi, fá, sol, lá, si, dó).
SEXTA. Intervalo entre as notas extremas de um grupo de seis consecutivas. Exemplo: mi - dó (mi, fá, sol, lá, si, dó).
SEXTETO. Conjunto instrumental ou vocal integrado por seis executantes. Obra escrita para este conjunto.
SFORZATO (It.). Acento súbito e intenso de uma nota ou acorde. SI. Sétima nota da escala de dó maior.
SÍNCOPA. Deslocação de acentuação sobre parte de um tempo ou nota que se prolonga sobre parte do tempo seguinte.
SINFONIA. Adaptação da sonata à orquestra, reproduzindo o seu esquema próprio e o número de andamentos.
SINGSPIEL (Al.). À letra, peça cantada. Ópera cômica alemã, que contém partes faladas.
SOBREDOMINANTE (OU SUPERDOMINANTE). Sexto grau da escala diatônica.
SOBRETÔNICA. Segundo grau da escala diatônica.
SOL. Quinta nota, ou dominante, da escala de dó maior.
SOLO (It.). Assim se designa, em contraposição a tutti, uma parte concertante em que o instrumento solista toca só ou se salienta do conjunto. Por extensão, todo o trecho que se executa sem acompanhamento.
SONATA. Composição para um ou dois instrumentos, que obedece a um dos esquemas mais importantes da música de câmara, e contém, geralmente, quatro andamentos: allegro (em forma sonata), adagio, minueto ou, mais tarde, scherzo e allegro (freqüentemente em forma de rondó).
SONATA, FORMA. Expressão que designa o caráter do primeiro andamento de uma sonata ou de uma sinfonia ("allegro sonata"). Consta de três partes: exposição, em que o primeiro tema é apresentado no tom principal e o segundo tema noutra tonalidade, desenvolvimento, no qual o trabalho dos dois temas constitui um desafio à imaginação do autor, e reexposição, na tonalidade inicial. Uma coda de certa importância conclui o movimento.
SOPRANO (It.). Voz aguda de mulher ou criança.
SOTTO VOCE (It.). Em voz baixa, retendo a voz.
SPALLA. Líder da orquestra, primeiro violino, chefe de naipe.
STACCATO (It.). À letra, destacado. Indica-se com um ponto um cima da nota e significa que esta deve ser executada solta, sem ligação com as que a rodeiam. Contrapõe-se a legatto.
SUBDOMINANTE. Quarto grau da escala diatônica.
SUÍTE (Fr.). Série de diversas peças independentes entre si e dispostas segundo andamentos contrastantes. Foi uma das principais formas musicais dos séculos XVII e XVIII, à qual os cravistas dedicaram especial atenção. As peças básicas com as quais é construída, e que em certo sentido prefiguram os quatro andamentos da sonata, são formas de dança: alemanda, corrente, sarabanda e giga.
SUPLEMENTAR, LINHA. Pequeno traço horizontal colocado acima ou abaixo do pentagrama. Serve para escrever as notas que, por serem muito agudas ou muito graves, ultrapassam a pauta inicial.
SUSPENSÃO. Pequeno semicírculo com um ponto no centro, que se coloca acima ou abaixo de uma nota, acorde ou pausa, para indicar que a sua duração se pode prolongar à vontade.
SUSTENIDO. Alteração que eleva meio-tom à nota a que respeita.
SUSTENIDO DUPLO. Sinal que eleva de dois meio-tons a nota que afeta.
T
TABLATURA. Sistema de notação em que se indica por meio de algarismos num diagrama a colocação correta dos dedos sobre as cordas.
TALA (Hin.). Qualquer uma das seleções rítmicas da música indiana.
TARANTELA (It.). Dança italiana. Trecho instrumental nela inspirado.
TEMA. Elemento básico de uma composição ou de parte dela, com sentido completo e individualidade bem reconhecível. Motivo condutor em determinados gêneros de composição.
TEMPERADO, SISTEMA. Sistema que divide a oitava em doze partes absolutamente iguais, tal como se encontra no teclado do piano. Esta equivalência permite transpor qualquer esquema para qualquer altura e reproduzir uma melodia a partir de qualquer nota, coisa que não acontece com outros sistemas de afinação.
TEMPO (It.). Andamento ou velocidade com que executa uma obra.
TENOR. Voz aguda de homem.
TERCEIRA. Intervalo entre a primeira e terceira de três notas consecutivas. Exemplo: dó - mi (dó, ré, mi).
TERCETO. Conjunto de três vozes ou composição para este conjunto.
TERCINA. Grupo de três figuras do mesmo valor que devem ser executadas no mesmo tempo que duas.
TERNÁRIA, FORMA. Forma musical em três partes, a última das quais é a repetição da primeira.
TESSITURA. Extensão ou âmbito de uma voz ou instrumento.
TETRACÓRDIO. Sucessão de quatro notas consecutivas. Exemplo: dó-ré-mi-fá.
TIMBRE. Som característico de cada um dos instrumentos musicais.
TOCCATA (It.). Peça instrumental livre, de grande virtuosidade, geralmente para um só executante e instrumento de teclado.
TOM. Unidade de divisão da escala diatônica. Eqüivale a uma segunda maior.
TÔNICA. A nota mais importante de uma tonalidade e que atua como eterno ponto de referência dentro da mesma. A primeira nota da escala, que dá o nome à tonalidade.
TREMOLO (It.). Trêmulo, tremido. Repetição rapidíssima de uma mesma nota, obtendo um efeito semelhante ao da vibração. Também pode ser a alternância, igualmente rapidíssima, de duas notas não conjuntas.
TRILO (OU TRINADO). Ornamento que consiste na alternância rápida de duas notas consecutivas. Muito utilizado na escrita para cravo do século XVIII.
TRIO. Conjunto de três instrumentos ou de três vozes, sendo neste último caso mais apropriada a designação de terceto. Composição para este conjunto.
TRÍTONO. Intervalo de três tons.
TROVADOR. Poeta e músico medieval.
TUTTI (It.). Termo que, no antigo concerto, significava a intervenção de todos os instrumentos em conjunto, em contraste com a atuação dos solos ou do concertino. Execução simultânea de todos os instrumentos da orquestra.
V
VALSA. Dança de andamento bastante vivo, escrita em compasso ternário, cujo paradigma mais em voga foi a valsa vienense.
VARIAÇÃO. Composição formada por número indeterminado de peças breves construídas sobre um mesmo tema, que vai sofrendo sucessivas modificações.
VIBRAÇÃO. Vaivém regular e isócrono, mais ou menos rápido, que um corpo sonoro imprime ao ar quando produz o som.
VILANCICO. Canção de Natal. Pequena composição de recorte livre, dedicada a enaltecer o nascimento de Cristo.
VIVACE (It.). Muito vivo, mais rápido que o allegro.