O trombonista da OSB, Raphael Paixão, será o solista das apresentações,
que contam com a regência de Priscila Bomfim
Nos dias 25 e 26 de novembro, a Orquestra Sinfônica Brasileira retorna ao palco da Sala Cecília Meireles para mais um espetáculo da Série Terra. Sob a batuta da maestra Priscila Bonfim, o grupo apresentará obras de Fanny Mendelssohn, Ferdinand David e Felix Mendelssohn. O trombonista da OSB, Raphael Paixão, será o solista das exibições. No domingo, às 11h, a apresentação será no formato Concertos para a Juventude – récitas de caráter didático com ingressos a preços populares.
Em sua curta e intensa existência, a compositora alemã Fanny Mendelssohn (1805 - 1847) escreveu aproximadamente 500 obras. Desse imenso catálogo – que engloba desde canções e cantatas até peças para piano e música de câmara – a maior parte foi publicada postumamente; algumas dessas obras chegaram a ser editadas em vida, mas vieram a público sob o nome do seu irmão, Félix. Negligenciada no passado e soterrada pelas atitudes da época em relação às mulheres compositoras, Fanny vem sendo redescoberta e apreciada pela força imaginativa de suas obras. Acredita-se que a Abertura em Dó maior que abre este programa tenha sido escrita em algum momento entre os anos de 1830 e 1832. A obra, única composição orquestral da artista, chegou a ser apresentada sob sua regência (em carta a seu irmão, ela comenta sobre a recepção calorosa da abertura), mas caiu no esquecimento e só foi resgatada 100 anos após sua morte. A peça começa com uma introdução em "Andante", de caráter quase pastoral, no qual cordas e sopros, em um diálogo gracioso, tecem uma atmosfera luminosa. Em seguida, entra em cena um "Allegro di molto" vigoroso no qual os temas são explorados com maestria.
Quis o destino que a segunda obra que compõe o programa fosse escrita não por Felix Mendelssohn, mas por Ferdinand David (1810 – 1873). A história é conhecida: impressionado com o talento do seu amigo virtuoso Carl Traugott Queisser, Mendelssohn fez a promessa de que lhe escreveria uma obra concertante. Questões profissionais e ordem amorosa se impuseram, e o compositor acabou esquecendo da promessa. Ao ser cobrado, Mendelssohn sugeriu que a empreitada criativa fosse assumida pelo jovem Ferdinand David, que aceitou o desafio e escreveu o Concertino para trombone Op. 4, hoje a sua obra mais conhecida e difundida. Estruturada em três movimentos, a composição tem início com um "Allegro maestoso" que explora a potência técnica e expressiva do solista, alternando entre momentos meditativos e outros de maior pujança. O movimento central, por sua vez, é uma marcha fúnebre de caráter beethoveniano. A obra termina de forma triunfante, com um "Allegro" que retoma elementos do primeiro movimento.
Robert Schumann se referia a Felix Mendelssohn (1809 — 1847), seu contemporâneo, como "o Mozart do século XIX". De fato, é curioso pensar que a obra que encerra este programa, a Sinfonia No. 1, foi escrita quando o compositor tinha apenas 15 anos. Àquela altura, o prodigioso Mendelssohn já havia escrito mais de uma dezena de sinfonias de cordas, algumas delas com curiosas aparições de instrumentos de percussão. A Sinfonia No. 1, em Dó menor, porém, é a primeira na qual ele convoca todas as famílias da orquestra para dar luz à sua imaginação fulgurante. Um turbulento "Allegro di molto" abre a composição; aqui, o modelo estrutural é mozartiano, mas o ímpeto trágico é reminiscente de Beethoven. No "Andante", o efeito expressivo é obtido através de uma melodia simples, em legato, que passeia pelos instrumentos da orquestra. Certo senso de drama habita o "Menuetto" que, embora cheio de energia, não é exatamente um convite à dança. Mendelssohn encerra a composição com um inflamado "Allegro con fuoco", repleto de passagens contrapontísticas nas cordas.
A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 83 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.
Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.
Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Shell e a NTS - Nova Transportadora do Sudeste como patrocinadores master, Brookfield e Eletrobras Furnas como patrocinadores, Sergio Bermudes Advogados e SulAmérica como copatrocinadores, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.
Saiba mais em
Priscila Bomfim, regência
Raphael Paixão, trombone
PROGRAMA 25/11:
FANNY MENDELSSOHN – Abertura em dó maior
FERDINAND DAVID – Concertino para trombone
Allegro maestoso
Andante marcha fúnebre
Allegro tempo 1º
– Intervalo –
FELIX MENDELSSOHN – Sinfonia nº 1
Allegro di molto
Andante
Menuetto: Allegro molto
Allegro con fuoco
PROGRAMA 26/11 (Concertos para a Juventude):
FANNY MENDELSSOHN – Abertura em dó maior
FERDINAND DAVID – Concertino para trombone
Allegro maestoso
Andante marcha fúnebre
Allegro tempo 1º
FELIX MENDELSSOHN – Sinfonia nº 1
Allegro
SERVIÇO:
Série Terra
Dia 25 de novembro (sábado), às 16h
Ingressos: R$40,00 (R$20 meia)
Série Terra | Concertos para a Juventude
Dia 26 de novembro (domingo), às 11h
Ingressos: R$10,00 (R$5,00 meia)
Ingressos à venda na bilheteria da Sala Cecília Meireles e no site Eleven Tickets
Local: Sala Cecília Meireles (Rua da Lapa, 47 – Centro, Rio de Janeiro)
MAIS INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA:
Érica Avelar
erica.avelar@osb.com.br
(21) 98119-4559
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